O ambiente em que vivemos tem um papel fundamental na forma como nos movemos. Não se trata apenas de preferências individuais ou da motivação para praticar atividade física, mas sim das condições que a cidade nos oferece. Ruas arborizadas e espaços verdes não são apenas esteticamente agradáveis—elas podem realmente incentivar as pessoas a serem mais ativas. Mas será que basta encher as cidades de árvores? Ou a forma como esses espaços são planeados e mantidos também faz diferença?
Um estudo inovador trouxe dados concretos para essa discussão. Utilizando imagens do Google Street View, investigadores analisaram a relação entre a vegetação urbana e a atividade física recreativa em Hong Kong. Os resultados confirmam algo que muitas pessoas já intuíam: quanto mais vegetação há nas ruas e melhor for a qualidade desses espaços verdes, maior é a probabilidade de as pessoas praticarem atividade física ao ar livre.
Um estudo inovador trouxe dados concretos para essa discussão. Utilizando imagens do Google Street View, investigadores analisaram a relação entre a vegetação urbana e a atividade física recreativa em Hong Kong. Os resultados confirmam algo que muitas pessoas já intuíam: quanto mais vegetação há nas ruas e melhor for a qualidade desses espaços verdes, maior é a probabilidade de as pessoas praticarem atividade física ao ar livre.
Nem todo o verde é igual: a qualidade faz a diferença
A relação entre espaços verdes e atividade física já foi estudada anteriormente, mas a maioria dos estudos focava-se nos parques. Este estudo traz um olhar diferente, analisando o impacto das árvores e jardins que encontramos pelo caminho, no dia a dia. E a conclusão é clara: a vegetação ao nível da rua também importa.
Mas há um ponto crucial a destacar. Não se trata apenas da quantidade de árvores ou espaços verdes espalhados pela cidade. A qualidade desses espaços tem um impacto significativo na decisão das pessoas de utilizá-los. Ruas limpas, bem cuidadas, com vegetação organizada e sem lixo são muito mais convidativas para caminhadas e outras formas de atividade física ao ar livre. Em contrapartida, um ambiente degradado pode desencorajar até aqueles que gostariam de se mexer mais.
Mas há um ponto crucial a destacar. Não se trata apenas da quantidade de árvores ou espaços verdes espalhados pela cidade. A qualidade desses espaços tem um impacto significativo na decisão das pessoas de utilizá-los. Ruas limpas, bem cuidadas, com vegetação organizada e sem lixo são muito mais convidativas para caminhadas e outras formas de atividade física ao ar livre. Em contrapartida, um ambiente degradado pode desencorajar até aqueles que gostariam de se mexer mais.
Benefícios para além do exercício
Além de incentivar a prática de exercício, o verde urbano tem outros benefícios bem documentados. Pesquisas anteriores já demonstraram que viver perto de espaços verdes reduz os níveis de stress e melhora o bem-estar psicológico. Agora, este estudo reforça a ideia de que, além de nos fazer sentir melhor, a vegetação urbana pode efetivamente aumentar os níveis de atividade física da população. E, numa época em que o sedentarismo se tornou uma das maiores preocupações de saúde pública, este é um fator que não pode ser ignorado.
Se queremos cidades mais ativas e saudáveis, precisamos de as projetar para que incentivem o movimento. Isso significa investir não apenas em grandes parques urbanos, mas também na arborização das ruas, garantindo que as cidades se tornem lugares onde as pessoas queiram e consigam caminhar, correr ou simplesmente passar mais tempo ao ar livre. Pequenos detalhes, como melhorar a iluminação, ampliar os passeios e manter os espaços verdes em boas condições, podem fazer toda a diferença na forma como a população se relaciona com a cidade e com o próprio corpo.
Ao pensar no futuro das nossas cidades, devemos lembrar que um ambiente mais verde não é apenas um elemento decorativo. É um convite para nos movermos mais, vivermos melhor e criarmos espaços urbanos que verdadeiramente promovam a saúde e o bem-estar.
Se queremos cidades mais ativas e saudáveis, precisamos de as projetar para que incentivem o movimento. Isso significa investir não apenas em grandes parques urbanos, mas também na arborização das ruas, garantindo que as cidades se tornem lugares onde as pessoas queiram e consigam caminhar, correr ou simplesmente passar mais tempo ao ar livre. Pequenos detalhes, como melhorar a iluminação, ampliar os passeios e manter os espaços verdes em boas condições, podem fazer toda a diferença na forma como a população se relaciona com a cidade e com o próprio corpo.
Ao pensar no futuro das nossas cidades, devemos lembrar que um ambiente mais verde não é apenas um elemento decorativo. É um convite para nos movermos mais, vivermos melhor e criarmos espaços urbanos que verdadeiramente promovam a saúde e o bem-estar.
Fonte: Lu, Y. (2019). Using Google Street View to investigate the association between street greenery and physical activity. Landscape and Urban Planning, 191:103435. https://doi.org/10.1016/j.landurbplan.2018.08.029